
PERCUART 2025
Sexta edição do festival junta música, imagem e compositores
Data
07 a 11/07/2025
Ji Hye Jung, Emil Kuyumcuyan e Jean Geoffroy foram os músicos convidados em destaque na sexta edição do Percuart – Festival de Percussão, organizado pela Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) do Politécnico de Castelo Branco em colaboração com o município local.
Com direção dos percussionistas André Dias e Bruno Costa, docentes da ESART, o evento decorreu entre 7 e 11 de julho em diversos espaços da cidade (Cine Teatro Avenida, Fábrica da Criatividade e Centro de Cultura Contemporânea), contemplando a já habitual série de concertos, recitais e ateliês.
A abertura esteve a cargo do Grupo de Percussão da ESART, com o alinhamento de “Música Portuguesa para Percussão” a integrar composições de António Chagas Rosa e a estreia da obra “Fragmentos”, de Pedro Lima. Seguiram-se, nos cinco dias do festival, as formações homónimas da Escola Superior de Música e da Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo, dos politécnicos de Lisboa e Porto, respetivamente.
Já nos recitais dos finalistas da casa, subiram ao palco Tiago Pessoa, os mestrandos André Castro, Francisco Fernandes e Miguel Pires, este último membro do KODU Percussion Group, bem como André Nadais, professor do Conservatório Regional de Setúbal.
Nos concertos, ponto alto do programa, a sul-coreana Ji Hye Jung, percussionista principal da Camerata Pacifica e professora da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, nos Estados Unidos, contou com participação especial de W. Lee Vinson, bem como de Francisco Teixeira e Manuel Dias, do Grupo de Percussão da ESART.
Já Emil Kuyumcuyan estreou em solo português as “Istambul Roots”, aquela que é a sua primeira performance multimédia, inspirado na cidade natal do instrumentista com raízes croatas, gregas, arménias e africanas, e o qual cruza influências da Anatólia e da música erudita com o jazz e a eletrónica.
Por seu turno, o RePercussion Trio, que se dedica à música contemporânea, experimental e performativa, focando-se no desenvolvimento de novas técnicas, instrumentos e obras artísticas, apresentou à plateia o espetáculo sonoro e visual “Metatempo”.
O contacto mais próximo com o público deu-se nos ateliês com Kuyumcuyan e Jung, e nas masterclasses que Jean Geoffroy, diretor do Pólo de Espaço Transversal de Criação do Conservatório de Lyon e professor no Conservatório de Paris, dedicou à sua Light Wall System e à interpretação de Bach na marimba.
Novidade no PercuART ’25 foi a exposição “Aqua-Eco-Lumina”, do Grupo de Média Digitais da ESART. Com direção artística de Rui Dias e João Beira, as sete instalações multimédia interativas (“Ágora Florida”, “Empatia Líquida”, “D’a Folha em Branco”, “Aparência do Estático”, “SPEAK”, “Zen Waterfall” e “Espelho da Alma”), a cargo dos estudantes do mestrado em Produção para Média Digitais e da licenciatura em Música Eletrónica e Produção Musical, têm como motivos centrais a água e o som.
A Sinfonietta de Castelo Branco, que se apresentou na sua versão completa, acompanhada dos solistas Miguel Pires e André Castro, encerrou o festival com repertório barroco e contemporâneo, estreando a peça “Concerto para tímpanos e orquestra de cordas”, do clarinetista João Carlos Alves, professor da ESART.