
Com direção de Mikel Fernandez
Orquestra Sinfónica da ESART
regressa ao Cine-Teatro Avenida
Data
2/12/2025
A Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) do Politécnico de Castelo Branco (IPCB) regressou ao auditório do Cine-Teatro Avenida a 28 de novembro, num concerto dirigido por Mikel Fernandez.
Depois de um estágio de uma semana de prática orquestral, em palco os estudantes dos cursos de música da ESART-IPCB interpretaram os quatro andamentos da “Sinfonia nº7, em Lá Maior, Op. 92”, de Ludwig van Beethoven (1770-1827), e a suite de ballet “O Pássaro de Fogo”, de Ígor Stravinsky (1882-1971).
“É um programa que requer muita energia, concentração e conhecimento porque são estéticas bastante diferentes”, esclarece o maestro da Orkest De Ereprijs (ensemble de música contemporânea) e maestro assistente da Sinfonia Rotterdam (orquestra de câmara profissional), ambos nos Países Baixos, o qual estudou no Conservatório de Oviedo e na Universidade de Codarts para as Artes, em Roterdão, assim como na Academia de Direção da Orquestra Costa Atlântica (Portugal) e no Real Colégio de Música de Londres.
A célebre peça do compositor alemão, conhecida pela vitalidade, brilho orquestral e inovação rítmica, “é uma obra muito festiva, com elementos folclóricos e de dança”, o que obrigou a preocupações com “a forma de gerir essa energia”.
Já a igualmente conhecida seleção do compositor russo, baseada em contos populares e que se destaca pela originalidade, ritmos complexos e colorido orquestral, requereu também “garra” dada a “paleta diversa de dinâmicas, cores e atmosferas, os muitos solos e a parte orquestral escrita para cordas, madeiras e sobretudo metais”.
“Foi um prazer trabalhar com eles”, reitera o maestro basco, pela primeira vez convidado a dirigir os jovens músicos da Orquestra da ESART, aos quais procurou demonstrar “que articulação é necessária num Beethoven para que soe mais puro, e que dureza num Stravinsky”. No entender de Mikel Fernandez, estes “têm uma vontade tremenda de aprender, com as diferenças de nível que cada um tem, mas querem fazê-lo o melhor possível. E para um maestro, isso é fantástico”.





































