Exposição temporária
Iconografia musical religiosa do Funchal na ESART
Data
26/11/2025
“A iconografia musical nas capelas, igrejas e conventos do concelho do Funchal: um olhar sobre o património artístico e cultural” é o nome da exposição temporária patente ao público na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) do Politécnico de Castelo Branco.
A iniciativa resulta da parceria entre o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM) da Universidade Nova de Lisboa, o Conservatório – Escola de Artes da Madeira e a Direção Regional da Cultura da Madeira. Após dois anos no terreno, o trabalho serviu de base à mostra, tendo culminado na recente apresentação do catálogo homónimo.
O projeto teve por objetivo estudar, documentar e divulgar o património sacro e religioso concernente à iconografia musical (disciplina centrada na leitura dos códigos simbólicos e das representações do som e da prática musical nas artes visuais) presente em alguns templos da cidade do Funchal ou já em contextos musealizados.
Analisando pinturas a óleo, painéis, esculturas ou azulejos do Convento de Santa Clara, Igreja do Colégio, Igreja da Boa Nova, Igreja do Socorro, Capela da Sagrada Família, Capela da Alegria, Capela de Santana, Capela da Nazaré, Capela do Corpo Santo, Museu de Arte Sacra e Sé do Funchal, tratou-se então de identificar instrumentos musicais e figuras de músicos em contextos onde a música assumiu um papel central na arte sacra e/ou religiosa, permitindo oferecer uma visão abrangente desta na iconografia sacra e religiosa funchalense.
A mostra começou por estar patente entre março e agosto no Núcleo Museológico de Santo Amaro, localizado na Torre do Capitão, na capital da região autónoma, estando previsto que, depois da passagem pela ESART, esta continue a fazer o seu percurso itinerante.
A abertura oficial em Castelo Branco, a 25 de novembro, foi precedida da comunicação “A ‘inteligência’ da inteligência artificial (IA) na arte e na iconografia musical”, a cargo de Luzia Rocha. Na sua intervenção, aquela que foi uma das investigadoras do CESEM responsáveis pela conceção da exposição, chamou a atenção para os potenciais erros causados pela não identificação de imagens provenientes de IA.
Seguiram-se dois apontamentos musicais por parte de uma aluna da classe de canto, e a introdução à exposição por Luísa Correia Castilho, docente da ESART e também membro do CESEM.
A mostra, composta por quase três dezenas de elementos, ficará acessível ao público no corredor principal do piso superior da escola até 2 de janeiro de 2026.





