
Quando entrei para a ESART, não tinha qualquer contacto com o design gráfico. Tudo era novo: os métodos, as ferramentas, os conceitos. Vinha de um lugar de curiosidade, mas sem saber exatamente o que me esperava. Aquilo que começou como uma experiência, em território desconhecido transformou-se, com o tempo, numa escolha consciente e apaixonada.
Ao longo do percurso explorei várias áreas dentro do design – desde a identidade visual à tipografia, do design editorial à comunicação aplicada a projetos reais. Descobri que o design não vive apenas da forma, mas também da intenção, do contexto e da clareza com que comunica. Desenvolvi um interesse particular pelos sistemas de impressão (através do DCLab), e pelo impacto que um projeto bem pensado pode ter na forma como lemos, entendemos e vivemos a informação.
Uma das áreas que acabou por me interessar foi o universo do jornal e dos meios de comunicação. Nunca tinha olhado para um jornal com atenção ao detalhe, à construção de uma mancha, ao papel da hierarquia visual na leitura de uma notícia. Este interesse levou-me a aprofundar temas ligados às transformações do impresso para o digital e à forma como o design pode ser parte ativa nesse processo.
O que mais valorizo na minha passagem pela ESART é o facto de ter sido um espaço onde pude experimentar, errar, aprender e, acima de tudo, encontrar um caminho. Um caminho que não estava traçado, mas que hoje sigo com confiança, sabendo que o design é, para mim, uma linguagem com a qual quero continuar a comunicar.